Um alto que sobe e só desce após a curva da ladeira

Author: Cristiano Roberto / Marcadores:

É possível um mundo dentro de outro mundo onde o mundo lá fora ver, mas não consegui sentir a emoção de estar dentro? Sim! Alto José do Pinho. Este é o nome do mundo dentro do nosso mundo. Digno de cenário cinematográfico, confirmar assistindo Amarelo Manga. Ou quem sabe, representado com o grito incansável dos Devotos. As caça-ratos que passam na praça, Faces do nosso Subúrbio, deixam a galera com vontade de Matalanamão. Dificilmente ouvimos histórias de ex-moradores do nosso bairro que foram pra outro lugar e não sentiram saudades da nossa terra. Um lugar onde todo mundo sobe a ladeira no ônibus sentado, mas, como se fosse uma leia federal, passou a casa de Celo Brown, vem à curvinha a direita e todo mundo se levanta. Pra descer, um vagar sem igual. Pra subir, empurra-empurra animal. "Demora do carai" ou então "Ixi... Ligeirinho novamente". Lixeirinho, motorista da Globo, empresa de ônibus que transporta os pinheireses. Ganhou este apelido no Alto por ser lento. A probabilidade de seu apelido virar quase nome registrado em cartório ou talvez ganhar direitos autorais no Alto José do Pinho é muito grande. Prova disso é Canguru, outro personagem histórico do nosso bairro. Marcones é o vocalista de uma banda do Alto! Grande Cannibal. Beto Lobo, Painho, Zé Mancinho, Mané Tiquinho, Cú, etc etc...

Este bairro merece bem mais que um livro. Merece uma novela, talvez. Certo mesmo é que estou sentado no busão que sobe a ladeira e só saiu do meu lugar quando a
curva a direita terminar.

0 comentários:

Postar um comentário

Arquivos do blog

Banco da Pracinha